Uma das hipóteses seriam os desmembramentos por inventário . Entretanto , um olhar mais detido vai nos mostrando peculiaridades destas divisões . No caso da fazenda Bom Retiro , a área comprada por Antônio Augusto Monteiro de Barros Galvão de São Martinho estava abaixo da medida sujeita a tributação . Um pouco antes de sua morte em 1887, já haviam sido vendidas algumas “sortes de terras ” daquela parte da fazenda . Entre outros compradores , verificamos que Manoel Barbosa da Fonseca, já então Visconde de São Manoel, aparece como proprietário de uma destas “sortes de terras ” mas continuava residindo na Belmonte, localizada onde hoje é Recreio . Querino Ribeiro de Avelar Rezende, o proprietário da fazenda da Pedra , teria adquirido outra um pouco antes de morrer , em 1875. E muitos outros nomes vão surgindo na documentação , a grande maioria adquirindo algo em torno dos 10 alqueires .
Ressalte-se, por oportuno , que os fazendeiros citados no parágrafo anterior , além do proprietário da fazenda São Luiz, não devem ter tido sua residência principal em Itapiruçu. Esta conclusão está baseada no fato de terem sido contribuintes e eleitores qualificados em outra região de Conceição da Boa Vista . Aliás , os quatro foram sepultados no cemitério de Conceição da Boa Vista .
Reformulemos nossa questão : qual o interesse em adquirir pequenas porções de terras em Itapiruçu, numa época em que a agricultura e a pecuária ainda incipiente demandavam maiores extensões ?
Pode estar aí a chave do movimento político que resultou na criação do distrito em 1883. Talvez , até , resultando na transferência do distrito para outra região administrativa , oito anos depois .
Propriedade de Francisco Celidônio
Cemitério de Conceição da Boa Vista
O patrimônio conta a história
Club da Lavoura
Divisas de Santa Isabel
Atos Públicos
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